1– DESGERMAÇÃO (LAVAGEM DAS MÃOS)
É uma medida importante na prevenção da disseminação dos microrganismos. A boa técnica de assepsia envolve a limitação da transmissão de germes de uma pessoa para outra.
A utilização de meios mecânicos, físicos e químicos servem para remover e destruir os microorganismos. A água corrente retira mecanicamente, os germes, enquanto que os sabões emulsionam os corpos estranhos e baixam a tensão superficial, facilitando assim, a remoção de óleos, gorduras e sujeira. A fricção é a forma de auxiliar este processo colaborando para sua eficácia.
Material
Ø sabão liquido
Ø água corrente
Ø papel toalha
Técnica
1- Enrolar as mangas ate acima dos cotovelos
2- Retirar relógio e anéis
3- Molhe as mãos e braços até os cotovelos;
4- Passe sabão nas mãos e limpe a bica caso não tenha controle para os pés
5- Passe mais sabão e friccione, palma contra palma e os espaços interdigitais por no mínimo 25 vezes.
6- A seguir friccione palma contra dorso das mãos no mínimo 25 vezes
7- Limpe as unhas uma por uma e passe a ponta dos dedos sobre a palma oposta
8- Friccione os punhos em movimentos circulares ate os cotovelos
9- Todo o procedimento deve ser realizado, mantendo o cotovelo, em nível inferior das mãos.
10- Lave as mãos sem encostar uma na outra e sem sacudi-las, deixe a água correr livremente nas mãos ate que retire todo o sabão
11- Lave a bica e feche-a
12- Secar as mãos sem sacudi-las com papel toalha.
Alem de lavagem básica das mãos, também conhecida como lavagem medica, existe ainda a técnica de escovação cirúrgica, realizado pelos membros da equipe antes do ato cirúrgico.
2 – CALÇAMENTO DE LUVAS
Alem da lavagem das mãos que sem dúvida consiste no melhor e mais importante método no combate a infecção hospitalar é de grande importância a utilização da luva.
Tipos de Luvas
Ø Estéril – usada para realização de procedimentos assépticos, logo visa a proteção do cliente. Sempre que temos por objetivo a ausência de qualquer microorganismo usamos luvas esterilizadas. Ex: curativos limpos, cateterismos vesical, etc…
Ø Procedimento – usadas para a realização de procedimentos que dão acesso ao profissional a material contaminada. Sendo assim a luva de procedimento serve para a proteção do profissional. Um a vez que estas não são esterilizadas só impedem o contato da s mãos do profissional, para que não se contamine. Ex: trocar fraldas, manipulação de exsudados, sangue etc…
Material
Ø um envelope de luvas esterilizada de tamanho adequado.
Técnica
1- Lavar as mãos
2- Abrir o envelope da luva pela exterminada, evitando manuseá-la desnecessariamente, e de modo que os punhos fiquem voltados para a pessoa que irá calçá-las;
3- Levantar com mão esquerda, a luva direita, para parte superior da dobra do punho.
4- Introduzir a mão direita, no interior da luva, sem ajeitar os dedos caso estejam trocados
5- Introduzir os dedos da mão direita, na parte interna da dobra da luva esquerda, e introduzir a mão esquerda.
6- Antes de retirar os dedos da mão direita do interior da dobra, revira-la de forma que essa sobreponha o punho, que ficara complemente recoberto
7- Acertar os dedos caso necessário
8- Recobrir o punho com a dobra do punho direito, da mesmo com a que o esquerdo, ou seja, com os dedos no interior da dobra
9- Para descalçar a luvas
10- Retira a luva esquerda, pinçando o ponho com os dedos da mão direita e retire a luva
11- Retirar a luva direita introduzindo os dedos da mão esquerda por dentro do punho direito
12- Coloca-lo na própria embalagem
13- Arrumar o material e deixar o local em ordem.
3 – SINAIS VITAIS
Sinais vitais também chamados Sinais Cardinais, são aqueles que evidenciam as alterações da função, corporal, e quando se desviam dos parâmetros normais, significa que o indivíduo necessita ser observado para investigação da relação causa efeito.
Temperatura
Significa o nível do calor a que chega um determinado corpo. É o equilíbrio entre o calor produzido, distribuído pelo sangue circulante através dos vasos sangüíneos, controlado pelo centro nervoso da regulação térmica e eliminado pelo corpo.
Vias normais de perda de calor: Evaporação do suor, evaporação pulmonar, pelo ar inspirado, pela urina, fezes, saliva.
Fatores que alteram a temperatura : Frio ou calor , atividade física , algumas patologias, perda sangüínea, ingesta de liquido, banho quente ou frio, choque, algumas drogas, emoções e climatério.
Padrões normal de temperatura
a) Bucal: 36.2º a 37ºC ( 5 a 7 min)
– Posição: sentado, semi sentado e deitado
– Diferença : mais baixa que a retal de 2 a 2, 5 décimos , mais eficiente que a axilar.
– Cuidados: dar água natural para o cliente beber antes da verificação, utilizar termômetro individual, descer a coluna de mercúrio abaixo de 34ºC, não verificar em clientes inconscientes, crianças, nas intervenções cirúrgicas da boca, após ingerir líquidos quentes ou frios, após extrações dentarias e inflamações.
b) Retal : 36.4º a 37.2ºC ( 5 a 7min)
– Posição: Sims
– Diferença: mais elevado do que a bucal e axilar
– Cuidados: Não expor o cliente, usar termômetro individual, descera coluna de mercúrio abaixo de 34,5ºC, não sofre interferência do meio externo, não verificar em clientes em intervenção de reto, fissura retal, abcesso retal , perioneorrafia ou perineoplastia.
c) Axilar: 36º a 36.8ºC ( 7 a 10 min)
– Posição: sentado, semi sentado e deitado
– Diferença : mais baixa que a retal de 4 a 5 décimos sofre influencia do fatores externos.
– Cuidados: secar a axila, descer a coluna de mercúrio abaixo de 34,5ºC, não verificar em clientes com queimaduras do tórax, fraturas de membros superiores, furúnculos na região côncava da axila
Variações de temperatura
a) > 34º C – Colapso Álgido ( Choque gelado)
b) 34º a 35º C – Colapso
c) 35º a 36º C – Subnormal
d) 36º a 37.5ºC – Normotermico
e) 37.5º a 38º C – Estado febril
f) 38º a 39º C – Febre
g) 39º a 40º C – Pirexia
h) 40º a 41º C – Hiperpirexia
Tipos de febre
Ø Continua – é aquela que ocorre uma oscilação diária sem grande alteração , não ultrapassando de um grau.
Ø Renitente – oscilação diária podendo ultrapassar a um grau.
Ø Intermitente – elevações e queda brusca de temperatura.
Ø Recorrente – aparece e desaparece periodicamente com intervalo de vários dias ou semanas aparecendo geralmente na mesma hora.
Ø Ondulante- período de febre com período de apirexia em media dura de 2 a 3 dias.
Terminologia
Ø Hipertermia – 37.5º a 41ºC
Ø Hipotermia – 36 a 34º C
Ø Normotermico – 36.5 a 37º C
Ø Pirexia – febre
Ø Apirexia – ausência de febre
Pulso
É a oscilação do sangue dentro das artérias, ou seja, e a ondulação exercida pela expansão das artérias, seguindo a contração do coração
Locais de verificação : Artérias temporal, facial, carótida, braquial, radial, femural, poplíteo, pediosa.
Pulso Apical – consiste na verificação do pulso no ápice do coração, na altura do 5º espaço intercostal, na linha hemiclavicular esquerda, com o auxilio de um estetoscópio.
Padrões normais
a) Homem – 60 a 70 bpm
b) Mulher- 65 a 80 bpm
c) Idosos: 60 a 70 bpm
d) Criança – 100 a 115 bpm
e) Lactente – 115 a 130 bpm
f) Recém – nascido: 130 a 150 bpm
Regularidade
Ø Rítmico – é regular seguindo uma seqüência
Ø Arritmico – é irregular, não tem uma seqüência
Tipos de pulso
Ø Bradisfigmico – batimento cardíaco lento.
Ø Taquisfigmico – batimento cardíaco acelerado.
Ø Discotico – tem a impressão de 2 batimentos ao mesmo tempo.
Ø Normofigmico – batimento cardíaco normal
Volume
Ø Cheio
Ø Filiforme – bem fino , geralmente em clientes agonizantes.
Terminologia
Ø Nomocardico – batimentos cardíacos normais
Ø Bradicardico – diminuição dos batimentos cardíacos
Ø Taquicardico – aumento os batimentos cardíacos
Método de Verificação
– preparar o material
– lavar as mão
– posição: sentado, semi – sentado e acomodar o braço
– contar por 1 minuto
Respiração
É a troca de gases entre o organismo e o meio ambiente. Para cada respiração externa do homem ocorre dois movimentos respiratórios, que são:
Inspiração – entrada de ar nos pulmões
Expiração – saída de ar dos pulmões
Freqüência
Ø Idosos – 14 a 18 ipm
Ø Adulto– 16 a 20 ipm
Ø Criança – 20 a 25 ipm
Ø Lactente – 40 a 60 ipm
No homem a respiração é mais abdominal, enquanto que na mulher é mais torácica.
Caráter da respiração
a) Profunda – bem forte
b) Superficial – bem fraca
c) Ofegante – cansada
d) Estertorosa – com ruídos
Tipos de respiração
Ø Eupnéica – normal
Ø Dispnéica- dificuldade na respiração
Ø Apnéia – parada respiratória
Ø Bradispnéica- lenta
Ø Taquipnéica – acelerada
Ø Ortopnéica – de acordo com a postura
Ø Cheyne Stokes – inicia-se com a dispnéia , depois taquipnéia e depois uma apnéia de 30 segundos.
Condições que afetam a respiração
– Fisiológicos
a) Aceleram : exercícios, emoções banho frio
b) Diminuem: sono, repouso e banho quente.
– Patológicos
a) Aceleram : pneumonia, difteria, doenças nervosas, doenças cardíacas, aumento da pressão intracraniana.
b) Diminuem: coma diabético, coma uremico, drogas depressoras do SNC
Método de Verificação
– Posição: sentado ou deitado com o braço apoiado sobre o tórax.
Pressão Arterial
É a pressão exercida pelo sangue nas paredes das artérias, que depende da força de vários fatores para sua manutenção, tais como: resistência vascular periférica, ação propulsora do coração, volume sangüíneo e elasticidade das paredes dos vasos.
Valores normais
Pressão Sistólica ou Máxima normal varia em torno de 100 a 120 mmHg, indica a potência de esforço do ventrículo esquerdo , o valor da bomba cardíaca.
Pressão Diastólica ou Mínima normal varia de 60 a 80 mmHg, mede a distancia constante ao escoamento do sangue venoso nos vasos.
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM MINISTÉRIO DA SAÚDE |
||
Grau III |
Hipertensão grave |
180 X 110 mmHg |
Grau II |
Hipertensão moderada |
160 X 100 mmHg |
Grau I |
Hipertensão leve |
140 X 90 mmHg |
|
Limítrofe |
139 X 89 mmHg |
|
Normal |
120 X 80 mmHg |
Terminologia
Ø Hipotensão – pressão arterial baixa
Ø Hipertensão – pressão arterial alta
Ø Normotenso – pressão normal
Fatores que modificam a Tensão Arterial
– Fisiológicos
a) Aumentam: gestação, digestão, drogas estimulantes, banho frio, exercício muscular , emoções e a posição do corpo.
b) Diminuem : menstruação, drogas deprimentes, banho quentes, sono e repouso tranqüilo.
– Patológicos
a) Aumentam: esclerose, drogas, toxinas de bactéria, uremia, enfermidades renais, tensão intracraniana, nefrite aguda (cefalgia intensa, náuseas, vômitos, sonolência e confusão mental). Hipertiroidismo, convulsões e eclâmpsia.
b) Diminuem: convalescência das enfermidades de origem bacteriana ( tuberculose),l doenças de Addison ( insuficiência das glândulas supra-renais), choque, hemorragias, anemia, febre e hipotireoidismo.
Material para a verificação dos sinais vitais
Bandeja:
Ø Estetoscópio
Ø Esfignomanometro
Ø Vidro com termômetro
Ø Bolas de algodão seco ou gases
Ø Bloco para anotar
Ø Relógio com o ponteiro de segundo
Ø Álcool á 70%
Ø Recipiente para lixo
Ø Caneta azul ou vermelha.
Técnica
Rotina de verificação dos sinais vitais
1- Verificar imediatamente após a admissão do cliente
2- Estabelecer controle de acordo com as necessidades do cliente
3- Aferir 30 minutos antes do cliente encaminhado ao C.C
4- Anotar os sinais vitais na folha de balanço hídrico, quando o cliente tiver hidratação venosa ou controle hídrico
5- Nos pós-operatório imediato controlar os sinais vitais da seguinte forma:
6- De 15 em 15 minutos nas primeiras 2 horas
7- De 30 em 30 minutos nas duas horas seguintes
8- De hora em hora por mais duas horas
9- De duas em duas horas, de três horas ou de quatro em quatro horas ate completar 24 horas de cirurgia.
10- Antes de verificar a PA procede limpeza das olivas
11- Local onde se costuma medir a PA é o membro superior
12- Colocar o manguito ao redor do braço, cerca de 4 cm aproximadamente acima da dobra do cotovelo e prende-lo
13- Fechar a saída de ar
14- Palpar a artéria braquial e colocar o diafragma do estetoscópio no local
15- Colocar o manômetro preso no manguito ou em local bem visível
16- Insuflar o manguito ate que o ponteiro tinja aproximadamente 180 mmHg. Dependendo da PA normal o cliente .
17- Abrir a saída de ar lentamente, e ouvir atentamente. A primeira batida auscultada é a pressão sistolica. E a ultima batida auscultada é pressão diastólica. Essa fase é comumente medida no ponto que antecede \ao termino dos sons auscultadas,
18- Registrar os dados
19- Limpar a oliva do estetoscópio com algodão embebido com álcool iodado após o uso.
4 – PESO E ESTATURA
O peso precisa ser verificado e anotado, com a finalidade de controlar qualquer alteração ocorrida durante sua permanecia no hospital. A informação exata sobre o peso é essencial como um guia na prescrição de certos medicamentos.
Material
Ø Balança antropometrica
Ø Papel toalha
Técnica
1 Lavar as mãos
2 Explicar ao cliente o que será realizado
3 Forrar o piso da balança com papel
4 Tarar a balança, colocando os mensores em ponto zero, travando a balança a seguir,
5 Pedir ao cliente para tirar o calçado e o roupão e subir na balança, auxiliando – o se necessário.
6 Destravar a balança, pesar cliente, orientando-o para não tocar em nada.
7 Ler o valor e abaixar o pino da trave
8 Colocar o cliente ereto, de costas para o antropometro, com os calcanhares unidos, olhando para o horizonte.
9 Auxiliar o cliente a descer balança e calçar os sapatos
10 Retirar o papel da balança
11 Ler a medida e anotar devidamente
12 Colocar os mensores em zero e baixar a régua, deixar o ambiente em ordem.